sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O Pecado

Hoje em dia vem sendo pregado um evangelho “adoçado”, onde não se fala da depravação e pecaminosidade do homem. Na maioria dos púlpitos, só se escuta palavras de bênçãos e vitórias, mas não se fala da necessidade de se distanciar do pecado e se santificar progressivamente a cada dia.

Pecado, nas Escrituras, aparece no Antigo Testamento como o termo hebraico (חטאת) chatta’th, que, segundo Strong, é traduzido como “pecado” ou “ato pecaminoso”. Já no Novo Testamento, o termo usado no grego é (αμαρτανω) hamartano ou harmatia, que, também segundo Strong, significa “errar o alvo”, “desviar-se da Lei de Deus.
Como o apóstolo Paulo escreveu em sua carta aos Romanos, no capítulo 7, a Lei só é válida até a morte, Paulo dá o exemplo da lei do casamento, que a mulher se deitar com outro homem enquanto seu marido for vivo, esta estará em adultério, mas se o seu marido falecer, esta estará livre da lei do casamento com aquele homem e poderá se casar novamente. Logo, Jesus tendo morrido, levando nossas iniquidades (Is. 53:5), estamos livres da Lei de Moisés – não entenda mal: isto não quer dizer que podemos descumprir os Mandamentos matando, adulterando ou furtando; isto apenas quer dizer que não há necessidade da Lei para nos apresentarmos diante de Deus “limpos”, pois Cristo nos limpou de nossos pecados (descumprimentos da Lei) na Cruz.


Mas Paulo explica que a Lei de Deus é boa, mas nós homens que somos ruins e de natureza pecaminosa e não conseguimos cumprir a Lei em sua plenitude, logo, precisamos de Cristo para nos justificar de nossos erros. Segundo o apóstolo, não saberíamos o que é pecado, se Deus não tivesse dado a Leis, mas o pecado que há em nós, aproveitando-se da Lei, implantou em nossos corações desejos pecaminosos (Rm 7:8). Mas os cristãos devem buscar fugir daquilo que é pecaminoso e pedir ao Pai que não os deixe cair na tentação de pecar (Mt 6:13).

Aqueles que são cidadãos de bem, íntegros em suas obrigações para com o Estado, de certa forma, não descumpre a lei da nação, tanto por sua integridade moral, mas também sabendo que se o fizer deverá sofrer com as consequências de seus atos, respondendo processos na justiça, ou, até mesmo sendo recluso por um determinado tempo na cadeia. De igual forma, como cristãos, deveríamos ter o mesmo “medo” das consequências de nossos pecados, pois um dia estaremos diante do Santo Juiz onde nossos pecados serão expostos. Devemos buscar nos santificarmos a cada dia, pois quando este dia chegar, por mais que Cristo já tenha nos justificado de cada pecado, ainda devemos prestar contas de nossos erros.


Meu amado irmão, minha amada irmã, todos nós somos pecadores (Rm 3:23), mas devemos lutar diariamente com a nossa carne para não cometermos qualquer ato que seja contrário a Lei de Deus. Mas se errarmos, temos um Mediador: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” 1 João 1:2


Deus abençoe!


C. H. Oliveira