sábado, 14 de janeiro de 2017

Crescimento Espiritual - 1Pe 2.2

"Como crianças recém-nascidas, desejam de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação"  1 Pedro 2:2 NVI

Pedro estava escrevendo aos cristãos que estavam dispersos em virtude de terem sido expulsos do império romano pela grande perseguição iniciado por Nero por volta dos anos 60 d.C. O apóstolo os exorta à removerem a maldade, a inveja e todo tipo de maledicência para poderem crescer espiritualmente.


O termo que Pedro usou, que foi traduzido como "leite", é o termo grego "γαλα" (gala), que, em linguagem literal significa: "leite" propriamente dito, mas, em linguagem metafórica, no Novo Testamento, se usa este termo referindo-se às verdades cristãs básicas (1Co 3.2;Hb 5.12s).


O leite materno é o primeiro alimento que uma criança recém-nascida recebe, e também o mais importante, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a amamentação é a melhor maneira de garantir os nutrientes necessários aos recém-nascidos até os seis meses de idade; além de conter anti-corpos e glóbulos brancos que protegem o bebê contra doenças. De igual forma, as Boas Novas que nos foi pregado foi que começou a nos alimentar espiritualmente e a nos proteger das falsas doutrinas que nos seria apresentadas no futuro. Passar por essa primeira fase do crescimento espiritual é, sem dúvidas, de extrema importância para garantir o crescimento espiritual contínuo.


Em 1 Coríntios 3, Paulo usa o mesmo termo que Pedro, dizendo aos Coríntios que eles só receberam leite, pois não estavam em condições de receber alimento sólido, pois dentre eles haviam divisões e inveja, em virtude disso, Paulo os chama de "carnais". De igual forma que Pedro aconselha àqueles irmãos à retirarem do meio deles a maldade, a inveja, o engano e todo tipo de maledicência (1Pe 2.1).


Podemos, assim, concluir que a carnalidade é inimiga do nosso crescimento espiritual. Só estaremos prontos para receber alimento sólido (quando amadurecermos o suficiente para tal) quando nos livrarmos do mundanismo e da carnalidade que há dentro de nós, e, assim, nos mantermos em crescimento contínuo.



C. H. Oliveira