Paulo escreveu a carta aos Romanos como forma de apresentar a si e a sua pregação aos crentes que estavam em Roma. Não se sabe ao certo quem fundou a igreja em Roma, mas Paulo demonstra interesse em visitá-la, por isso, antecedendo sua visita, Paulo lhes envia esta carta.
A pregação de Paulo para os Romanos nesta carta é bem específica: ele escreve tanto para judeus convertidos quanto para cristãos de origem gentílica, ou seja, pagãos que se converteram à fé cristã. O apóstolo vai falar, sobre pecado e justificação para esses dois públicos.
No capitulo 7, Paulo escreve, especificadamente, para os que eram de origem judaica (v.1). Paulo irá mostrar que a lei só é válida enquanto se estiver vivo, pois a morte anula o domínio da lei sobre o indivíduo. Para explicar melhor essa ideia, o apóstolo irá fazer uma analogia com o casamento: quando a mulher está casada e se deitar com outro, ela será chamada de adúltera, mas se o marido morrer e ela se casar novamente, ela não será adúltera, pois a morte do marido a libertou da lei do casamento (vv. 2,3). Assim ele mostra que, morremos para a lei para pertencermos à Cristo.
Paulo mostra que é necessária a existência da lei para que houvesse pecado (vv. 7,8). Etimologicamente, o termo "pecado", do grego "αμαρτία", significa: "errar o alvo", este alvo são os mandamentos Divinos, logo, se pode definir o termo "pecado" como descumprir algum mandamento de Deus. Se não existisse a Lei, logo não haveria pecado. O pecado estaria morto. Podemos então dizer que a função da Lei foi nos mostrar o que é pecado. E o pecado, aproveitando a existência de Lei, fez subir ao coração do homem o desejo pecaminoso (v. 8). Sendo assim, a Lei que deveria produzir vida, produziu morte ao coração do homem. Não que a Lei seja má, ou não seja espiritual, mas nós seres humanos que não estávamos preparados para receber a Lei Divina, pois nossa natureza já era pecaminosa deste nosso pai Adão. Então não estávamos prontos para seguir os mandamentos Divinos.
Paulo afirma que nada de bom habita em sua carne (v. 18), pois ele não conseguia fazer o bem que ele gostaria de fazer, mas o mal que ele não queria fazer ele continuava fazendo, concluindo assim que a Lei era boa, ele que não era.
Logo conclui-se que a função da Lei Divina é expor a natureza pecaminosa do homem e mostrar a necessidade de um Salvador (vv 24,25).
Éramos escravos do pecado por não conseguirmos cumprir a Lei, mas agora vivemos para Cristo, e nEle, mesmo que, com a nossa carne, sejamos escravos do pecado, com o nosso entendimento servimos a Lei de Deus.
Deus abençoe!
C. H. Oliveira