sábado, 21 de janeiro de 2017

Pecado e Justificação - Rm 3,23-26; 1Co 6.9-11

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

Romanos 3:23-26




Como o apostolo Paulo expressa aos Romanos, de um só homem o pecado e a morte entraram na humanidade, esse homem, Adão, pecou desobedecendo à ordem que o Pai havia lhe dado, fazendo assim, com que a sua natureza pura se corrompesse e, essa corrupção foi passada a todos os seus descendentes. 

O pecado tem sido visto de diversas formas dentro das igrejas, é comum se ouvir a frase: “não existe pecadinho e pecadão” de fato, para Deus não existe. Deus é, em Sua totalidade, Santo, Perfeito e Reto, baseados neste padrão, qualquer transgressão contra Ele cometida é um pecado descomunal. Entretanto, os homens criaram para si “pecadinhos” e “pecadões”, basicamente para organização e para estabelecer as devidas punições para cada um deles. Pode-se colocar, que aos padrões humanos, se colocam os pecados sexuais como “os maiores”, em virtude das suas consequências tanto na igreja, quanto na família. Contudo, não se pode basear nesta “hierarquia pecaminosa” como forma de julgamento espiritual ou salvífico. Pode-se concluir que cada ser humano que vive, viveu ou viverá neste planeta é, foi e sempre será um pecador sem tamanho diante de Deus. Pois, para Ele, o simples fato de nascermos em pecado já diz que se está fora de Seus padrões. Estabelecendo, assim, que a salvação depende da Graça.

Paulo, em 1 Coríntios 6:9-11 diz:

"Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus."


Neste texto da primeira carta que Paulo escreveu aos coríntios, Paulo mostra que os injustos não herdarão o Reino de Deus. Mas como se sabe quem são os injustos, tendo em vista que todos pecaram? Esse reposta é simples, os injustos são aqueles que não foram santificados, nem justificados por Cristo.
Segundo o dicionário de James Strong, o termo que foi traduzido como “justificados” é o termo grego: (G01344) “δικαιοω (dikaioo)”, que significa:

1) tornar justo ou com deve ser;
2) mostrar, exibir, evidenciar alguém ser justo, tal como é e deseja ser; considerado;
3) declarar, pronunciar alguém justo, reto, ou tal como deve ser.


Este termo era usado no ramo do Direito, que queria dizer: “tornar alguém inocente”. Com o sacrifício de Jesus Cristo, e somente por ele, o ser humano corrompido pode ser tirado da condição de injusto, e ser justificado. Não significando que o homem justificado deixará de pecar, mas sim, que ele está em condição de pecador regenerado que está apto a alcançar o Reino de Deus.

Já o termo traduzido por “santificados” é o termo grego: (G037) “αγιαζω (hagiazo)”, que, também segundo Strong, significa:
1) entregar ou reconhecer, ou ser respeitado ou santificado
2) separar das coisas profanas e dedicar a Deus
2a) consagrar coisas a Deus
2b) dedicar pessoas a Deus
3) purificar
3a) limpar externamente
3b) purificar por meio de expiação: livrar da culpa do pecado
3c) purificar internamente pela renovação da alma

Este termo quer dizer que o homem pecador foi retirado das coisas profanas, sendo limpo e purificado para entregar-se a Deus.

Com isso, conclui-se que, sendo todos nós pecadores, carecíamos de uma obra divina para nos tornarmos justos e santos perante Ele, essa obra foi consumada por Jesus Cristo que derramou Seu sangue em obra expiatória nos justificando perante Deus de nossos pecados, e nos santificando, por mais que esta santificação não seja alcançada por completa em nossos corpos decaídos, o Espírito Santo nos auxilia a crescermos em santidade até a alcançarmos plenamente.


C. H. Oliveira